Representantes das autoescolas de Minas Gerais vão oficializar um documento com reivindicações relacionadas à implantação de simuladores na formação de novos condutores junto à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para que a casa leve as demandas aos órgãos nacionais responsáveis.
O prazo para que as autoescolas passem a utilizar os equipamentos foi ampliado pela segunda vez, depois que os técnicos do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) visitaram várias cidades do país para avaliar a implantação do sistema.
A nova data foi divulgada ontem no “Diário Oficial da União” (DOU) e estabelece que até 30 de junho deste ano, a ausência das aulas em simuladores não impedirá que o candidato prossiga com sua formação. A coordenadora-geral de Qualificação do Fator Humano no Trânsito do Denatran, Maria Cristina Hoffmann, disse que o órgão não pretende estender o prazo ainda mais. “Esse é um prazo para implantação, nós (Denatran) acreditamos que ele é suficiente para todos se adequarem”, afirmou.
Mudanças. A questão principal que será abordada pelas autoescolas será a reformulação do processo de formação de condutores. “Nós entendemos que o simulador tem que estar inserido em uma nova legislação que modernize todo o processo de habilitação e não somente o simulador”, afirmou o presidente do Sindicato dos Proprietários de Centro de Formação de Condutores do Estado de Minas (SIPROCFC-MG), Rodrigo Silva.
Ontem, representantes de todas as partes elvolvidas participaram de audiência pública na ALMG, presidida pelo deputado Zé Maia (PSDB). Segundo o político, o documento será enviado pela casa para Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), Denatran, Conselho Nacional de Trânsito (Contran), Câmara Federal e Senado. “A Assembleia encaminhará oficialmente essas reivindicações a esses órgãos”, afirmou Zé Maia.
O chefe da Divisão de Habilitação do Detran-MG, Anderson França, também esteve no debate e confirmou que o órgão vai cumprir as regras do Contran. “Apesar de entender que o simulador pode ajudar, acho que ele foi implantado na hora errada”, afirmou.
Saiba mais
Fornecedores. Além da audiência pública na ALMG, representantes das autoescolas se reuniram ontem com três das quatro empresas fornecedoras dos aparelhos simuladores.
Comodato. Durante a reunião, as empresas apresentaram propostas de contratos que serão analisados juridicamente pelo SIPROCFC-MG e pelos centros de formação.
“Uma das empresas ofereceu às autoescolas o regime de comodato, que facilita as empresas terem o equipamento sem fazer nenhum investimento inicial, pagando somente por aula”, afirmou Rodrigo Silva, presidente do SIPROCFC-MG.
Espera. O sindicato tem indicado cautela para os centros de formação para adquirir os aparelhos. “Estamos incentivando as empresas neste momento a não adquirir, tendo em vista processos judiciais”, disse.
Economia. Por outro lado, a recomendação do sindicato também é para que as autoescolas se unam para trabalhar a questão do uso compartilhado dos simuladores de direção veicular, reduzindo os custos para as empresas e também para usuários.
Aceitação
Índice. Cerca de 90% dos proprietários das autoescolas aprovam o uso dos simuladores. As empresas discordam da maneira como está sendo feita a implantação da resolução.
PUBLICADO EM 13/02/14 - 04h00
VANESSA SOARES
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