NOTÍCIAS » DETRAN DO RN DIFICULTA PROVA TEÓRICA E NÚMERO DE REPROVAÇÕES DÁ SALTO

Medida quer tentar reduzir infrações de trânsito de novos motoristas. Índice de reprovação passou de 16% em 2013 para 67,5% nos últimos dias.
O Detran do Rio Grande do Norte dificultou a prova teórica para novos motoristas. A medida foi para tentar reduzir as infrações de trânsito, mas a consequência imediata foi um salto no número de reprovações.
A pintura no asfalto da área de cruzamento deveria ser compreendida por todos os motoristas, mas não é. “Para prestar atenção ao semáforo, respeitar o semáforo”, diz um motorista. Na verdade, a marcação indica que é proibido parar sobre as linhas amarelas e fechar o cruzamento.
Nas vias com rotatória, nem todo mundo sabe de quem é a preferência. “Agora você me apertou sem me abraçar. Não sei”, diz o empresário Magno Eduardo Marinho. A preferência é de quem já está na rotatória e as placas alertam os motoristas.
E como tem gente fazendo feio nas ruas. Seja por indisciplina ou porque, simplesmente, não aprendeu as leis de trânsito. As infrações são vistas em todo canto: motorista que dirige falando no celular, motociclista parado em cima da faixa de pedestre e carro estacionado em local proibido.
No Rio Grande do Norte, o índice de reprovação na prova teórica aumentou muito. No ano passado, era de 16%. Nos três primeiros meses de ano, 19,2%. E nos últimos 20 dias, a média de reprovação passou para 67,5%. De acordo como Detran, esse aumento na quantidade de reprovados se deu depois que o estilo da prova mudou, no dia 22 de abril.
“Exige um grau de raciocínio mais difícil. Então acredita-se que tenha sido por isso. E também o número de alternativas, que mudou de três para quatro alternativas”, afirma Marcia Marques, subcoordenadora do Detran do RN.
Nas autoescolas tem aluno fazendo além das 45 horas de aulas teóricas exigidas pelo Detran. “A gente aprendendo mais, será futuramente, quando a gente estiver nas ruas, melhor condutor”, afirma a vendedora Madiã Dantas.
Edição do dia 16/05/2014
16/05/2014 08h51 - Atualizado em 16/05/2014 08h51
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Alexandre Garcia: 'É preciso estar preparado para dirigir'
Comentarista diz que maioria dos motoristas não sabe para que servem as luzes do veículo e apostam na falta de fiscalização para continuar dirigindo.
Será que adianta só uma prova teórica mais severa? O que se vê nas ruas e estradas do Brasil é que a maioria dos motoristas não sabe sequer para que servem as luzes do veículo. Se algo tão primário é desconhecido, imaginem a preparação para sair de uma derrapagem ou evitar um atropelamento ou uma colisão. E os pedestres, que não sabem sequer transitar na calçada, deveriam aprender a atravessar as ruas.
Os aviões trafegam em alturas diferentes. No chão, todos estamos no mesmo plano, é mais complicado. Por isso, é preciso estar preparado, e o que se vê é que quem teve a habilitação suspensa ou não passou no exame do Detran tende a dirigir assim mesmo, apostando na ineficácia da fiscalização. Temos inabilitados disputando o asfalto com inábeis habilitados e o resultado é desastroso: com base nas indenizações do DPVAT, no ano passado foram 55 mil mortes no trânsito. Isso dá, no mínimo, 150 mortes por dia. É uma matança, a maior parte por erro do motorista mal preparado, mas também por falta de manutenção dos veículos e estradas, falta de sinalização e fiscalização.
Todos os países do mundo reduziram seus mortos no trânsito. A Espanha, nos últimos 12 anos, baixou de 10 mil para 1,9 mil por ano. O brasil, no mesmo período, dobrou as mortes.
Edição do dia 16/05/2014
16/05/2014 09h16 - Atualizado em 16/05/2014 09h16

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19 mai 2014 - Site G1 (Bom Dia Brasil)Voltar