NOTÍCIAS » HABILITAÇÃO - DETRAN QUER REDUZIR ATRASO NA RENOVAÇÃO

HABILITAÇÃO
Detran quer reduzir atraso na renovação
Dentro de um mês, motoristas com carteira anterior a 1994 poderão fazer prova rápida num computador em dois horários
Ingrid Furtado
Cristina Horta/EM/D.A Press
Autoescola cobra de condutores antigos média de R$ 130 por cursinho de 15 horas exigido pela legislação

Modernidade e rapidez na renovação da carteira de habilitação. É o que promete o chefe da Divisão de Habilitação do Detran/MG, delegado Anderson França Menezes. Ele informa que, a partir do mês que vem, os motoristas que tiraram carteira antes de 1994 vão trocar a caneta e o papel pelo mouse e teclado para fazer a prova. Menezes garante que a demora para a marcação do teste e os atrasos do resultado serão reduzidos. Mais de 50 computadores já foram adquiridos e a quantidade de candidatos quase vai triplicar, passando de 41 para 112 diariamente. O departamento só aguarda a finalização do sistema para começar a aplicar os testes eletrônicos.

Hoje, os habilitados antes de 1994 passam por um verdadeiro martírio para renovar a carteira. Eles têm duas opções: se submetem a 15 horas de cursinho e fazem a prova em autoescola ou simplesmente marcam o teste no Detran. A primeira opção é mais rápida, mas demanda tempo livre dos motoristas e custa, em média, R$ 130, além das taxas de renovação (R$ 48,84) e do exame médico (R$ 43). Neste caso, o condutor terá aulas de direção defensiva, primeiros socorros, mecânica básica, noções de meio ambiente e infrações e penalidades. Ao final do curso, faz a prova no próprio centro de ensino.

Quando o candidato faz o teste diretamente no Detran, apesar de mais barato, é submetido a um inconveniente que deixa muitos com dor de cabeça: a demora para a marcação. Segundo o departamento, há uma espera de pelo menos 15 dias para o agendamento da prova e os exames só ocorrem uma vez por dia. Quem foi ontem ao Detran, na Avenida João Pinheiro, só conseguiu marcar o teste para o dia 17. Nesta situação, o motorista paga R$ 40, além das outras taxas.

Para o delegado Anderson Menezes, as provas eletrônicas vão aperfeiçoar o processo. “Distribuímos 56 computadores em cabines individuais. O horário das provas será ampliado para a manhã e a tarde. Com isso, em vez de 41 candidatos atendidos, teremos 112. Assim que terminar o teste, os motoristas terão acesso a um monitor com o resultado. Os quatro examinadores que aplicam e corrigem os testes vão voltar para as ruas, para as provas de direção”, afirma Menezes.

O empresário Warley Borges dos Reis, de 39, gastou toda a manhã e parte da tarde de ontem para renovar o documento. “No dia 14, marquei a prova e só consegui vaga para hoje. Não quis fazer o curso em auto-escola porque, além de caro, não teria tempo para as aulas. O Detran promete o resultado em uma hora, mas gastei três para saber se passei. O Detran precisa reformular o processo. Tudo é lento”, diz.

Já a auditora Maria Alice de Souza Pinto, de 42, optou pela reciclagem no centro de formação de condutores. Mas ela teve de usar as férias para fazer o curso. “Em três dias, assisto às 15 horas exigidas. Mas é preciso tempo livre.

Mesmo pagando mais caro, gosto da experiência”, afirma.
03 abr 2009 - ESTADO DE MINASVoltar