O número de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) suspensas em Minas Gerais em 2014 já é 54% maior que o registrado em todo o ano passado. De acordo com o balanço do Departamento de Trânsito do Estado (Detran-MG), até neta sexta, 24.131 processos administrativos de suspensão de carteiras haviam sido concluídos. Em todo o ano de 2013, foram 15.674 procedimentos. Entre as principais infrações cometidas no Estado estão embriaguez ao volante e dirigir com velocidade em 50% ou mais acima da permitida para a via.

Os dados foram divulgados nesta sexta como parte das atividades do Dia Mundial em Homenagem às Vítimas de Trânsito, celebrado neste domingo. Além dos mais de 24 mil processos de suspensão de CNH já finalizados, outros 21.063 ainda estão em andamento. No total, Minas teve 45.194 pedidos de suspensão de carteiras em 2014. O número é mais que o dobro do registrado em 2013, quando foram abertos 21.927 processos.

Na avaliação da coordenadora de Infrações e Controle do Condutor do Detran-MG, delegada Inês Borges Junqueira, o aumento é resultado da intensificação do trabalho do órgão. “É fruto de um trabalho que vem, há quatro anos, atualizando e melhorando os procedimentos para efetivar a suspensão. Estamos sempre realizando mutirões para agilizar esses processos de suspensão e dar ciência aos condutores infratores de suas responsabilidades”.

Motivação.A maioria dos processos abertos envolve motoristas que estouraram o limite de 20 pontos na carteira no período de um ano. Dos 45.194 procedimentos, 39.920 foram por esse motivo. Os outros 5.274 casos foram de condutores que cometeram uma das nove infrações gravíssimas que automaticamente resultam em processos.

A suspensão da CNH varia de dois a 15 meses, e o infrator é obrigado a fazer um curso de reciclagem de 30 horas/aula. Em caso de reincidência ou se for flagrado dirigindo mesmo com a carteira suspensa, o condutor terá a habilitação cassada de maneira definitiva por até dois anos e terá que fazer novamente todo o processo de habilitação em uma autoescola.

Apesar dos números, a delegada Inês Junqueira explica que o índice de cassação é baixo em Minas. “Nossa experiência mostra que os motoristas suspensos ficaram mais cautelosos. A nossa função é pedagógica, educar por meio da penalidade imposta”, disse.