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Edição do dia 22/01/2013 Bom dia, Brasil!
22/01/2013 10h21 - Atualizado em 22/01/2013 10h21

Motoboys reclamam de custo para se adequar à nova lei de motofrete

O sindicato que reúne parte da categoria calcula que cada motoboy deve gastar cerca de R$ 850 com
mudanças na moto, curso e novos documentos. Os motoboys têm até uma semana para se regularizar.
Quem trabalha com entregas com motos tem até a semana que vem para se adequar à nova lei de
motofrete. A fiscalização já foi adiada, mas ainda assim a procura pela regularização é pequena.
Nilton José Pereira já passou pelo curso de capacitação previsto para quem transporta cargas de moto.
Também fez as mudanças de acordo com a lei que regulamenta a profissão de motofretista.
Instalou faixas no capacete, na jaqueta, no baú e na motocicleta. Mandou pôr o protetor para as pernas e a
antena pra evitar a linha com cerol das pipas. A placa agora é vermelha.
“As pessoas vão me ver agora como um motofretista, como profissional, não marginalizado como
antigamente. Melhor para a gente, depois disso tudo vai valorizar nosso trabalho”, afirma o motofretista.
Já o motoboy não procurou se adequar às novas regras porque, entre outros motivos, não vai poder
transportar ninguém na garupa com a moto de trabalho. “Tem muito pai de família que usa a moto para
trabalhar e para passear, vai ter que ter duas motos”, ressalta Jaildo Santos de Souza, motofretista.
O sindicato que reúne parte da categoria diz que é a favor da regulamentação, mas o presidente da entidade
calcula que cada motoboy deve gastar cerca de R$ 850 com as mudanças na moto, o curso e a confecção
dos novos documentos.
“Se você for ver no salário em média do motoboy, que está em média de R$ 1,5 mil na capital, para ele
gastar esse valor é salgado”, diz Gilberto Almeida, presidente do Sindicato dos Motoboys de São Paulo.
Não adianta comprar os equipamentos se a cidade não reconhecer a profissão de motofrete. De acordo com
o Detran, dos 645 municípios do estado de São Paulo, apenas 13 já regulamentaram a profissão.
“Se não fizer não adianta ter a capacitação, não adianta adequar a moto, porque não está regulamentada a
profissão. É fundamental que os municípios também regulamentem” Daniel Annenberg, coordenador do
Detran.
Em agosto do ano passado, em São Paulo, os motoboys chegaram a fazer protestos contra as novas regras.
Um dos sindicatos dos motoboys estima que seriam 500 mil trabalhadores no estado de São Paulo. Até
agora, apenas 32 mil fizeram o curso de capacitação.
O Detran paulista defende um novo prazo para os motoboys. “Achamos ainda que a quantidade de pessoas
que fizeram o curso é muito pequena frente ao universo total”, afirma Daniel Annenberg.
O Departamento Nacional de Trânsito, Denatran, disse que não há previsão de um novo adiamento na
fiscalização da lei.

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