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Reprovação de alunos faz instrutores de autoescola voltarem à sala de aula
Em MG, eles fazem requalificação; medida deve ser adotada em todo o país. Em prova de legislação, reprovação chega a 40%; em exame prático, 70%.
Osbaixos índices de aprovação dos candidatos a tirar carteira de motorista fizeram os instrutores voltar para a sala de aula em Minas Gerais. E essa medida deve ser adotada em todo o país até o fim do ano.
A prova de 30 questões tem reprovado muita gente. Entre maio de junho deste ano, cerca de 40% dos candidatos não conseguiram a pontuação mínima na prova de legislação. E quem voltou para sala de aula foram os instrutores.
“Uma dúvida que você acha que é uma coisa óbvia para você para o seu aluno não é. Então, a gente precisa sempre estar requalificando para melhorar”, diz Roseane Cunha, dona de autoescola.
“Estamos aprendendo novas técnicas para aplicar em sala e tentar reverter esse índice grande de reprovação”, afirma a instrutora Adriene Aline Pinto Borges.
A resolução do Contran que prevê o curso existe desde 2010, mas esta é a primeira vez que os instrutores passam pela reciclagem. Serão 60 horas de aula e depois eles farão uma prova.
Em Minas, são 1.200 instrutores no curso de requalificação. Tem aula presencial e à distância. Eles vão precisar de 70% de aproveitamento.
“Supomos que um instrutor, um desses profissionais não alcançou essa média. Esse instrutor sofrerá as penalidades, a suspensão, até a oportunidade de participar de um novo curso”, explica Maria Cecília Abreu, coordenadora de Educação de Trânsito do Detran-MG.
A qualificação preocupa o Denatran, que planeja criar um exame obrigatório para instrutores e examinadores de todo o país, até o fim deste ano.
Por enquanto, o curso em Minas é só para quem ensina a legislação. Mas nos exames de rua o sinal de alerta também já foi dado. O índice de reprovação é de 70% nos testes com carros e 60% em motos.
“É mais o nervosismo mesmo que atrapalha”, acredita a auxiliar de escritório Mayara Pereira dos Santos, que faz o seu quarto exame.
“Eu acho que deveria aumentar a carga horária”, diz a estudante Saionara Viana.
05 nov 2013 - Voltar