NOTÍCIAS » “RODOVIA DA MORTE”, MG-050 É A MAIS PERIGOSA NO TERRITÓRIO MINEIRO

Privatizada há oito anos, a rodovias MG-050 é considerada a mais violenta em todo o território mineiro, segundo o Diagnóstico de Acidentes de Trânsito divulgado pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). A “rodovia da morte”, como é popularmente chamada, registrou 110 óbitos entre os anos de 2013 e 2014, com a maior concentração dos casos no trecho que atravessa Divinópolis. A rodovia liga a Região Metropolitana a São Sebastião do Paraíso, na divisa com o Estado de São Paulo.

No ranking das rodovias mais perigosas de Minas Gerais, aBR-381 é a segunda colocada, com 107 mortes no período. A maior parte das ocorrências foi registrada no trecho de Ipatinga. Já a terceira é a BR-265, com 65 vítimas fatais no período. Os acidentes na pista têm maior incidência no trecho de São João Del Rey. Outra rodovia estadual, a MGC-120, é a quarta do ranking. Entre 2013 e 2014, 49 pessoas morreram em acidentes na rodovia, superando a margem de acidentes em outras estradas de grande movimento como as BRs 116, 040 e 262.

As rodovias estão entre a mais violentas numa escala de 15 vias de Minas com piores índices de segurança, sem contar a capital. Montes Claros é o único município que registra número de mortes maior em acidentes de trânsito ocorridas em vias urbanas. São elas as avenidas Deputado Esteves Rodrigues, com cinco óbitos, João XXIII, com quatro, e Deputado Plínio Ribeiro, com três registros.

Cidades
Belo Horizonte lidera o ranking das 20 cidades com o maior número de mortes em acidentes de trânsito, com 352 vítimas fatais. Montes Claros é a segunda, com 101 vítimas, seguida de Contagem, com 94 e de Governado Valadares, com 90 registros. Uberlândia é a quinta, com 86 mortes contabilizadas nos dois anos.

Na capital mineira foram registradas 72 mortes no Anel Rodoviário no período analisado, o equivalente a 20% das 352 mortes em acidentes de trânsito no município nos dois anos. Na Avenida Cristiano Machado ocorreram 22 óbitos, 6,5% do total, seguida da Avenida Antonio Carlos, onde a violência no trânsito tirou 18 vidas, 5%; a Avenida Amazonas, com 10 e 3%, e a Avenida do Contorno, com 6 e 2%.

Veículos e vítimas
Os automóveis de passeio estão envolvidos em 36% das ocorrências com vítimas fatais. As motocicletas representam27% do total, enquanto que os caminhões correspondem a 11%, caminhonetes, 5%, e os ônibus, 4%.

O estudo traçou também um perfil das vítimas de acidentes que morreram ou ficaram gravemente feridas. Pessoas do sexo masculino foram 78,3% do total, do sexo feminino, 21,3%. A maior parte das vítimas, 68%, estava no auge da capacidade produtiva, com idade entre 18 e 44 anos. Os maiores percentuais incidiram nas faixas etárias de 18 a 24 anos (24,1%) e de 35 a 44 anos (17,2%).

O relatório aponta que em 19,75% dos casos os acidentes resultaram da falta de atenção do condutor. Outras causas importantes pela ordem de incidência foram velocidade incompatível (4,2%), derrapagem (4,1%), animal na pista (3,3%) e contramão de direção (3,7%).

Mais da metade dos acidentes aconteceram nos fins de semana, sendo 14,1% às sextas, 18,7% aos sábados e 19,4% aos domingos. Os períodos da tarde e da noite concentram a incidência. Somam 66,5% dos casos, sendo 33,6% das 12h às 17h59 e 32,9%, das 18h às 23h59.

O diagnóstico consolida dados de boletins de ocorrência por meio do Centro Integrado de Informações de Defesa Social, vinculado à Subsecretaria de Promoçao da Qualidade e Integraçao do Sistema de Defesa Social.

22 DE JULHO DE 2015 POR RADAR NACIONAL

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